(Caio Fernando Abreu)
I Always Want More
"Minhas idéias são inventadas e eu não me responsabilizo por elas" (Clarice Lispector)
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
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"Hoje eu queria um abraço daqueles que te sufoca de tão apertado e te protege de tudo. Hoje eu só queria ouvir “Eu te procurei pra saber se você tá bem"
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Na minha memória - já tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos.
(Caio Fernando Abreu)
domingo, 14 de agosto de 2011
Pode entrar.
Sabe, gostaria de dizer algo pra você que está entrando. Dizer como são e como eram as coisas aqui dentro. Dizer o quanto já aprontaram nesse lugar que você está limpando, organizando. Dizer que há um tempo atrás era eu quem fazia essa "limpeza", mas sempre vinha alguém e destruía tudo novamente, então eu desisti. Dizer que as paredes dessa casa, há um tempo atrás, não eram coloridas. Não, não, era tudo preto e branco. E esse clima ameno que você está encontrando aí dentro, nem sempre foi assim, era um frio desgraçado, de congelar qualquer alma e coração.
Mas você é tão organizado, limpa essa "casa" de uma maneira surpreendente. Põe as devidas coisas nos lugares certos e joga fora tudo que não serve, não presta, tudo que já foi e não volta mais. Abriu as janelas que há muito estavam fechadas, clareando (e aquecendo), ventilando tudo por dentro. Fique mais, demore o quanto quiser, faça morada nesse lugar, não sei, mas não vá embora. Porque não sei como ficariam as coisas com a sua partida, não sei por quanto tempo ficaria tudo em ordem (se é que ficaria). Então entre, sinta-se em casa. Vem, dorme aqui, lá dentro tem uma cama pra você, lá nós podemos dormir abraçados, agarrados, olhando um para o outro, conversando. Acordar com teu 'bom dia', ir me deitar com teu 'boa noite', receber teus beijos e carinhos pra curar todas essas feridas que ficaram. Receber você. Pode entrar, a casa é sua.
(Lucas de Oliveira Rodrigues)
sábado, 13 de agosto de 2011
Fugi.
Depois de tudo que me aconteceu, depois de todo aquele sofrimento, eu decidi fugir. Fugi pra um lugar bem longe, longe de toda àquela negatividade que me fazia mal, longe de tudo e de todos. Precisei mudar. Precisei crescer. Precisei amadurecer. E amadureci.
Precisei esconder quem eu realmente sou. Me escondia de tudo, não queria nenhum vestígio daquela pessoa que eu era. Se era certo, se era errado.. bom, isso não importava. Somente estava cansado de todos os tapas, socos e bofetadas que a vida me dava. Confesso que no início foi péssimo, mas depois a gente acostuma. Acostumei.
E agora, depois de todas as mudanças, depois de uma análise geral sobre tudo aquilo que eu era, depois de todas as lágrimas derramadas para poder esvaziar aquele oceano represado, decidi voltar.
No início tive medo. Medo de não conseguir. Medo de voltar a ser como era antes. Mas peguei aquele medo, olhei bem nos olhos dele e disse "não, não, você não vai conseguir; some daqui", respirei fundo e retornei.
O que acontecerá daqui pra frente? O que será que a vida vai aprontar comigo daqui pra frente? Bom, disso eu não sei e nem estou a fim de saber. Mas tenho certeza de uma coisa: estou mais forte, sem medo. Vou apenas esperar e deixar o tempo passar. Afinal, é o tempo que nos diz exatamente tudo.
(Lucas de Oliveira Rodrigues)
domingo, 19 de dezembro de 2010
A-m-o-r
Temos a mania de achar que amor é algo que se busca. Buscamos o amor nos bares, na internet, nas paradas de ônibus. Como num jogo de esconde-esconde, procuramos pelo amor que está oculto dentro das boates, nas salas de aula, nas platéias dos teatros. Ele certamente está por ali, você quase pode sentir seu cheiro, precisa apenas descobri-lo e agarrá-lo o mais rápido possível, pois só o amor constrói, só o amor salva, só o amor traz felicidade. Há quem acredite que o amor é medicamento. Pelo contrário. Se você está deprimido, histérico ou ansioso demais, o amor não se aproxima, e caso o faça, vai frustrar sua expectativa, porque o amor quer ser recebido com saúde e leveza, ele não suporta a idéia de ser ingerido de quatro em quatro horas, como um antibiótico para combater as bactérias da solidão e da falta de auto-estima. Você já ouviu muitas vezes alguém dizer: "Quando eu menos esperava, quando eu havia desistido de procurar, o amor apareceu." Claro, o amor não é bobo, quer ser bem tratado, por isso escolhe as pessoas que, antes de tudo, tratam bem de si mesmas. O Amor, ao contrário do que se pensa, não tem de vir antes de tudo. Antes de estabilizar a carreira profissional, antes de fazer amigos, de viajar pelo mundo, de curtir a vida. Ele não é uma garantia de que, a partir de seu surgimento, tudo o mais dará certo. Queremos o amor como pré-requisito para o sucesso nos outros setores, quando, na verdade, o amor espera primeiro você ser feliz para só então surgir, sem máscara e sem fantasia. É esta a condição. É pegar ou largar. Para quem acha que isso é chantagem, arrisco-me a sair em defesa do amor: ser feliz é uma exigência razoável, e não é tarefa tão complicada. Felizes são aqueles que aprendem a administrar seus conflitos, que aceitam suas oscilações de humor, que dão o melhor de si e não se autoflagelam por causa dos erros que cometem.
Felicidade é serenidade. Não tem nada a ver com piscinas, carros e muito menos com príncipes encantados. O amor é o prêmio para quem relaxa. "As pessoas ficam procurando o amor como solução para todos os seus problemas quando, na realidade, o amor é a recompensa por você ter resolvido os seus problemas".
Felicidade é serenidade. Não tem nada a ver com piscinas, carros e muito menos com príncipes encantados. O amor é o prêmio para quem relaxa. "As pessoas ficam procurando o amor como solução para todos os seus problemas quando, na realidade, o amor é a recompensa por você ter resolvido os seus problemas".
(Martha Medeiros)
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Sumi.
Avisei que não dou mais nenhum sinal de vida. E não darei. Não é mais possível. Não vou me alimentar de ilusões. Prefiro reconhecer com o máximo de tranquilidade possível que estou só do que ficar a mercê de visitas adiadas, encontros instransferidos.
(Caio Fernando Abreu)
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Apagou.
Eu fiz tanto por ti, tanto. E você simplesmente não deu valor.
Eu te abraçava, você me empurrava, e, quando eu caía, me chutava, me humilhava.
Mas eu não via, nem sentia, eu era louco por você.
E eu te amava, muito mesmo.
Quer uma proporção? Imagine o oceano e toda aquela sua dimensão. Pois é, era muito maior, meu sentimento
por ti.
E eu te queria, te desejava, pra sempre com você eu queria estar.
Mas você se fazia frio. Sua brutalidade me machucava muito.
E com aquele seu 'clima', a chama que existia dentro de mim foi se apagando, apagando, apagando... até que se apagou por completo.
Apagou!
Hoje consigo ver tudo que eu fiz por ti, que foi em vão.
Pude ver que você não sentia nada por mim, só mentia. Mentia e me iludia.
Mas hoje, felizmente, eu consegui me libertar de você, estou livre!
Já você, vejo que ainda continua preso nesse seu mundo falso, frio e medíocre.
Eu te abraçava, você me empurrava, e, quando eu caía, me chutava, me humilhava.
Mas eu não via, nem sentia, eu era louco por você.
E eu te amava, muito mesmo.
Quer uma proporção? Imagine o oceano e toda aquela sua dimensão. Pois é, era muito maior, meu sentimento
por ti.
E eu te queria, te desejava, pra sempre com você eu queria estar.
Mas você se fazia frio. Sua brutalidade me machucava muito.
E com aquele seu 'clima', a chama que existia dentro de mim foi se apagando, apagando, apagando... até que se apagou por completo.
Apagou!
Hoje consigo ver tudo que eu fiz por ti, que foi em vão.
Pude ver que você não sentia nada por mim, só mentia. Mentia e me iludia.
Mas hoje, felizmente, eu consegui me libertar de você, estou livre!
Já você, vejo que ainda continua preso nesse seu mundo falso, frio e medíocre.
(Lucas de Oliveira Rodrigues)
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