Caio Fernando Abreu
E se me perguntassem hoje se eu queria que você desaparecesse da minha vida, diria que não. Sei lá, alguns podem até me achar um idiota, depois dessa minha confissão. Mas acho que não sou, apenas prefiro me lembrar de você nos bons momentos que passamos. Daquelas tardes maravilhosas que passávamos conversando, rindo... Daquelas idas à parada de ônibus, onde ficávamos conversando até seu transporte chegar (em que, algumas vezes, a conversa estava tão empolgante, que você deixava sempre um ou mais ônibus passarem). Prefiro me lembrar dos conselhos, ótimos conselhos, que você me dava, dos abraços, dos beijos, dos 'eu te amo' que você me dizia, dos consolos que você me dava, sempre que uma lágrima minha ameaçava cair. Lembro-me também dos altos papos pelo telefone, toda noite, das conversas pelo messenger. E o nosso jeito de falar, de pensar, de agir, eram tão semelhantes. Até os nossos gostos se pareciam (estilo musical e blá blá blá). E você deixou tanta influência em minha vida. Coisas que hoje eu gosto somente por sua causa.
Mas passou. P-a-s-s-o-u! Hoje, ainda me recordo de você como um grande amigo. Não me lembro de você com raiva ou rancor, mas não posso negar que fico um pouco triste, porque você mudou, não te reconheço mais, não sei mais como você é. E sinto saudade, do tempo em que eu te conhecia por inteiro, do tempo em que eu sabia de todos os teus (maiores) segredos.
E eu já me acostumei a viver sem o teu sorriso, sem o teu abraço, sem os teus conselhos... No início, doeu muito, confesso, mas eu vi que isso era o melhor a ser feito. Lamento por toda essa distância, mas acho que foi a escolha certa a fazer.
Olá Lucas adorei o Post... é quase a mesma coisa que senti vivi algum tempo atras... mais passa né!
ResponderExcluirLidar com essa transitoriedade da vida, do tempo... das pessoas não é tarefa fácil!
ResponderExcluirSua escrita é simples e ao mesmo tempo forte.